Confira dicas de cuidados para cada fase da vida do gato e os fatores de risco da longevidade felina
Um gato vive o somatório de suas sete vidas mais o bônus que São Chiquinho sempre tem para oferecer 😊 Eita! Precisa fazer essa cara de brava, Miriam? Tô só descontraindo um pouco, porque o assunto hoje é sério, seríssimo!
Você, humano leitor, deve estar pensando que hoje eu vou encher linguiça (eu preferia comê-la, pode?) afinal, é só ir no Google e tá lá, bem grande: um gato vive de 12 a 18 anos. Ocorre que nem sempre a vida se resume às singelas respostas do Google, não é mesmo? E nesses momentos, se o assunto for “felinos”, Ayla, a sábia, está aqui para te ajudar e educar!
Muito bem, vamos partir da ideia de que você já sabe que existem vários fatores que influenciam na qualidade e, claro, na quantidade de anos de vida do seu bichano, como alimentação, vacinas, cuidados veterinários, estímulos, acesso à rua, etc. Mas antes de falar deles, vamos a algumas curiosidades, afinal, Ayla também é cultura!
Idades de um gato
Sabia, Miriam, que a gata mais idosa do mundo viveu 38 anos e 3 dias? Não, claro que não sabia, né? Ela se chamava Crème Puff (me recuso a comentar sobre o mau gosto na escolha do nome) e viveu com o mesmo humano de 1967 até 2005. Humano de sorte, heim?! Bom, esse caso foi uma exceção, mas gatos costumam ser mais longevos que cães (sim, eu uso palavras difíceis), e podem chegar fácil ao que seriam uns 100 anos de vocês, bípedes efêmeros. Em contagem de idade humana, Crème Puff teria vivido uns 170 anos. Já sei, ficou curioso pra conhecer a relação entre a idade humana e a felina, né? Mas é claro que eu tenho essa informação, Míriam! Que tipo de gata intelectual você acha que eu sou? A verdade é que ainda não há dados científicos sobre esse assunto porque a incompetência humana não conseguiu chegar em um consenso sobre essa questão, mas se você seguir o esquema que vou explicar, vai errar muito pouco.
O primeiro ano de vida dos felinos equivale a 14 anos de vida humana; já o segundo ano de vida do seu bichano, vai corresponder a mais 10 anos, ou seja, quando completam dois anos de existência, se fossem humanos, os gatos já teriam 24 anos. A partir do terceiro ano começamos a somar mais quatro anos para cada aniversário. Aos 3 anos, temos 28 anos humanos; aos 4, 32 e assim por diante. Um gato de 10 anos, equivale a um humano de 56 anos. Que cara de preocupação é essa, Míriam? É, minha filha... tirando a Shakira que ainda é uma jovenzinha, o resto dos seus gatos está chegando na terceira idade.
Fases da vida felina e seus cuidados
Agora que você já buscou uma calculadora e fez a conta para saber quantos anos humanos seu gato tem, vou mostrar uma tabela que é o que realmente importa. Ali embaixo, você vai poder saber em que fase da vida seu bichano se encontra e é isso que vai ajudar você a adequar os cuidados que seu felino precisa para continuar sendo o soberano da casa por muito tempo.
· Filhote: 0 a 12 meses
· Junior (adolescência): 1 a 2 anos
· Adulto: 3 a 6 anos
· Maduro: 7 a 10 anos
· Sênior: 11 a 14 anos
· Super sênior (geriátrica): 15 + anos
É claro que seguindo o ciclo natural da vida (Míriam, nessa parte dá pra colocar a trilha sonora do Rei Leão? Ia ficar maneiro! Circle of iiiiiiifeee!!!), quanto mais idoso, mais cuidados seu felino vai necessitar, e esses cuidados também vão influenciar, e muito, no tempo em que você terá a companhia de seu espetacular amigo peludo.
Como sou mestre em adivinhar perguntas humanas, sei que você quer saber que cuidados cada fase exige, não é? Vou dar uma resumida, porque eu também não sou enciclopédia e canso minha beleza se ficar aqui a tarde toda ditando para a Míriam escrever. Preparados para uma daquelas listinhas que vocês adoram? Aí vai:
Dicas para melhor cuidar do seu gato em cada fase da vida
1 - Alimentação adequada: As necessidades nutricionais mudam durante nossa vida felina, portanto, compre sempre a ração adequada à idade de seu gato. Além disso, há rações específicas para gatos castrados, gatos mais rechonchudos (obeso só o Garfield, porque come lasanha!), e as rações medicamentosas que devem ser usadas sem discussão nem reclamação sempre que o veterinário recomendar.
2 - Atividade física: Quanto mais novo, maior a necessidade de se exercitar e gastar energia e isso não é bobagem, ajuda a manter o metabolismo e desenvolver a parte cognitiva. À medida em que for chegando na fase madura, a necessidade de atividade física diminui, mas nunca, jamais, independente da idade, um bichano deve ser ocioso. Portanto, assim que terminar de ler este post, volte ao menu do Blog do Ayla Flat e leia os textos sobre brincadeiras e gatificação.
3 - Acompanhamento veterinário: Não seja tolinho, todas as fases necessitam que vacinas, vermífugo e antipulgas estejam em dia, mas também são imprescindíveis as horrorosas idas ao veterinário, para pavorosos exames periódicos que utilizam agulhas pontudas e melecas geladas, entre outras coisas. Ok, Míriam, já tivemos essa conversa antes e eu já entendi que é para o meu bem, por isso estou até recomendando. Vê se não me incomoda. Porém, a partir da fase madura, você deve agendar check-ups cada vez mais frequentes, justamente para poder prevenir uma série de doenças ou ter um diagnóstico precoce de qualquer problema de saúde e poder tratar adequadamente o quanto antes.
4 - Cuidados extras: A medida em que seu idolatrado felino for chegando na fase sênior, além da ração especial (e do sachê, Míriam, escreve ai! Muito sachê desde a fase de filhote), há vários cuidados que você pode ter para facilitar sua longevidade e a qualidade de vida. Por exemplo, fique atento a qualquer dificuldade motora. Gatos mais idosos podem ter dores articulares (Sim, caríssimos, igualzinho aos humanos), dificuldade para pular de um lugar ao outro, subir ou descer escadas. Nesse caso, você pode encurtar distancias ou alturas, providenciar fisioterapia e/ou acupuntura (se o veterinário indicar) e mesmo suplementos vitamínicos para proteção das articulações. Também ficamos com os reflexos mais comprometidos quando nos tornamos vovôs e vovós (tô falando das fases sênior e geriátrica), por isso, adapte as brincadeiras para que possamos nos divertir sem a sensação de termos participado de algum IronCat e respeite nossos momentos de soninho reparador da beleza, que serão cada vez mais constantes e mais longos.
Fatores de risco da longevidade felina
Buenas, como sou uma gata pra lá de responsável e não faço nada pela metade, antes de encerrar, preciso falar de três situações que podem encurtar a vida do seu bichano enormemente.
O primeiro erro horroroso que você pode cometer em relação aos anos de companhia que você e seu felino poderão compartilhar é deixar de castrá-lo. Se quiser saber mais, leia meu texto que fala sobre a castração, mas se estiver com preguiça, Eu tô sabendo que humanos podem ser piores que seus gatos nesse quesito, Miriam, apenas acreditem quando eu digo: gatos castrados tem menor incidência de doenças e tumores ligados a variação hormonal, além de terem uma vida muito mais tranquila e desestressada, o que nos leva ao segundo fator de risco.
Evite situações que podem gerar ansiedade ou stress em seu gato. Vou exemplificar pra ficar mais fácil. Gatos não gostam de mudanças no ambiente, não lidam bem com longas viagens, não curtem barulhos de festas que você acha animadíssimas, tem horror a reformas e gente estranha entrando e saindo a toda a hora. Se alguma dessas situações tiver que acontecer, encontre um bom hotel para gatos e mantenha-o lá até a agitação passar ou você voltar de sua viagem. É obvio que a melhor hospedagem para seu felino é o Ayla Flat! Posso fazer propaganda sim, Míriam! Que vergonha que nada. MEU flat, MEU blog, MINHAS regras! Aqui no Ayla os ambientes são mega tranquilos, confortáveis e seguros. Cada dia aqui, aumenta uma semana da vida do seu gato. Tá... agora exagerei, mas azar!
Por último, mas não menos importante, por favor, em nome de todos os santos felinos do universo, não deixe seu gato ter acesso à rua! Cada vez que ele vai “dar uma voltinha”, mil coisas podem acontecer que vão encurtar a vida do seu amiguinho em muitos anos. Se ele tiver contato com um gato doente, por exemplo, pode ser contaminado por alguma doença como FIV ou FELV, que são incuráveis e fatais, ou mesmo esporotricose, que vai causar grande sofrimento durante o longo tratamento. Além disso, seu gato pode ser vítima de maldades, atropelamentos, envenenamentos, e outras ações terríveis. E aí, meu caro humano, bau bau! C’est fini! Acabou-se o que era doce. Seu queridinho já era. A troco do que você acha que a expectativa de vida de gatos com acesso à rua é de apenas 3 a 5 anos? (cinco anos se tiver muita sorte e aprender a atravessar a rua olhando pros dois lados, né Miriam?)
Pra terminar, encerro dizendo que gatos sem raça definida, os vira-latas como eu, tendem a viver mais do que os gatos de raça, e só isso já é um motivo bem legal para você adotar um bichano de sangue plebeu correndo pelas veias.
Quanto a minha longevidade, não se preocupem, pretendo viver pra sempre. Afinal, se eu partir pra terra das patas juntas, quem vai cuidar disso aqui? Você, Míriam? Não me faça torcer os bigodes de tanto rir!!
Hiii, vou ter que me despedir porque a Miriam tá aqui magoadinha e disse que não digita mais nada do que eu ditar.
Miau pra vocês.